31 de jul. de 2012

Colesterol: De Gota a Alzheimer


Em excesso, ele não é inimigo apenas do coração. De panes nos neurônios a dolorosas inflamações no dedão do pé, achados recentes desvendam o que a substância pode causar pelo corpo.
Embora esteja na boca do povo há décadas, com frequência duas grandes confusões são feitas a seu respeito. A primeira é chamá-lo de gordura, quando, na verdade, trata-se de um álcool complexo - detalhe químico mais complexo ainda. A segunda é que seu potencial nocivo se restringe ao sistema cardiovascular. "O colesterol circula por boa parte do organismo para formar membranas celulares, ácido biliar e hormônios", relata Eder Quintão, endocrinologista do Laboratório de Lípides da Universidade de São Paulo. Esse acesso quase irrestrito, apesar de essencial para inúmeras atividades, traz seus inconvenientes. Isso porque dá a possibilidade de ele, quando nas alturas, acarretar estragos em diversas regiões.

Após analisarem dados epidemiológicos que relacionam altos índices da partícula a demências, por exemplo, cientistas da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, decidiram averiguar o que estaria por trás desse fenômeno. Valendo-se de equipamentos modernos, eles descobriram que o protagonista da reportagem está intimamente ligado ao surgimento das famigeradas proteínas beta-amiloides. "Essas moléculas danificam células nervosas, promovendo a doença de Alzheimer", ensina o bioquímico Charles Sanders, coordenador da pesquisa. 

"O trabalho americano nos ajuda a compreender o motivo pelo qual observamos um acúmulo de placas beta-amiloides ao colocarmos neurônios em um meio de cultura repleto de colesterol", enfatiza o neurologista Paulo Caramelli, da Universidade Federal de Minas Gerais. "Mas ele não explica por que existe uma associação, principalmente em pacientes acima dos 75 anos, entre a doença de Alzheimer e problemas vasculares", contrapõe. 

Há, claro, quem acredite que esse vínculo seja resultado da idade avançada. Em outras palavras, indivíduos nessa faixa etária tenderiam a sofrer mais com ambos os transtornos simplesmente pelo fato de o corpo estar envelhecendo. Essa, entretanto, não é a única hipótese levantada pelos especialistas. "Taxas elevadas de colesterol provocam inflamações nos vasos, que, ao longo dos anos, também dificultam a passagem de sangue", ressalta Angelina Zanesco, fisiologista do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Se a artéria comprometida é uma que chega à massa cinzenta, as células nervosas deixam de ser abastecidas adequadamente com o líquido vermelho. Resultado: elas param de funcionar direito por falta de nutrientes, o que contribuiria para o extermínio das memórias. 

Outro mal que às vezes implica queima de arquivos mentais atende pelo nome de derrame isquêmico - o bloqueio por completo do fluxo sanguíneo acaba matando os neurônios, digamos, de fome. Em várias situações, a obstrução decorre do excesso de colesterol circulante. 

Quando o assunto é diabete, invariavelmente se fala em glicose. Mas adivinhe que outra molécula está envolvida com a enfermidade. "O excesso de colesterol no pâncreas atrapalha a fabricação de insulina, responsável por colocar o açúcar para dentro das células", revela Francisco Helfenstein Fonseca, cardiologista e coordenador do Setor de Lípides, Aterosclerose e Biologia Vascular da Universidade Federal de São Paulo. E, com doses a menos desse hormônio na circulação, a glicemia sobe que nem foguete. Por outro lado, quando você tem bastante HDL, aquela espécie de faxineiro da circulação, a probabilidade de desenvolver ou agravar o quadro diminui. 

Nem as articulações estão a salvo da avalanche de colesterol. "Ele facilita o aparecimento de crises de gota", exemplifica Ricardo Fuller, chefe do Ambulatório de Reumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse distúrbio, caracterizado por inchaço e dores intensas nas juntas - principalmente no dedão do pé -, depende de processos inflamatórios para dar as caras. Ao que tudo indica, taxas expressivas da substância em questão auxiliam a alastrar esse incêndio. 

A artrite reumatoide, outro mal que ataca as juntas, propiciando incômodos, perda de movimento e deformações, também pode ser agravada por você já sabe quem. "Aliás, uma pesquisa deste ano verificou falhas na função do HDL de quem possui a doença", reforça Fuller. Mesmo assim, ainda faltam evidências sólidas de que o tratamento para controlar o colesterol beneficie pessoas com desordens reumatológicas. 

No futuro, a ciência deve oferecer uma resposta definitiva para essa dúvida. Outra pergunta é se a partícula abordada aqui seria o estopim para cânceres. "Segundo alguns estudos, o uso de estatinas, medicamentos que reduzem a concentração dessa molécula no sangue, previne tumores como o de próstata, mama e intestino", afirma Samuel Aguiar Júnior, cirurgião oncologista e diretor do Núcleo de Tumores Colorretais do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. "Só que esses trabalhos são poucos e ainda controversos", ressalva. 

Um vestígio extra desse possível elo é o de que levantamentos populacionais definem sujeitos com pouco LDL e muito HDL como mais protegidos contra o câncer. "Resta saber se o dado encontrado é consequência do colesterol ou se hábitos saudáveis, que regulam seus níveis ao mesmo tempo que trazem outras melhorias para o organismo, são os verdadeiros responsáveis pelos números encontrados", pondera Aguiar Júnior. 

O que doma o colesterol 

Quando descobrimos que grande parte dessa substância é manufaturada no fígado independentemente da alimentação, muita gente supõe que quase não adianta tomar cuidado com o que ingerimos. "Essa impressão não poderia estar mais equivocada", garante Raul von der Heyde, nutricionista da Universidade Federal do Paraná. "Por exemplo: o consumo de gorduras saturadas, presentes no óleo de dendê, em carnes e no leite, aumenta significativamente os índices de colesterol, sobretudo de LDL, na corrente sanguínea", argumenta o especialista. 

Se as gorduras saturadas culminam em mais LDL, as poli-insaturadas das nozes e do salmão fazem exatamente o contrário. "Mas elas, se ingeridas além da conta, infelizmente reduzem os níveis de HDL", lamenta Raul von der Heyde. Por isso, nada de abusar - o ideal é que elas componham não mais do que 10% do total de calorias do dia. 

Também aposte nas fibras solúveis. Junto com a água, elas formam um gel no intestino que impede o colesterol de ser absorvido. Para abastecer seus estoques do nutriente, invista em frutas como maçã, laranja e pera ou lance mão da aveia. Só não se esqueça de beber H2O. Caso contrário, os benefícios se esvaecem. 

Por mais que certos estudos vinculem o azeite de oliva e o abacate, fontes de gordura monoinsaturada, com mais HDL no sangue, não existe uma verdadeira comprovação de que isso ocorre. Se o objetivo é incrementar a concentração dessa aliada da saúde, a melhor estratégia atende pela alcunha de atividade física. "Os exercícios não apenas aumentam o número das moléculas como melhoram a qualidade delas", acrescenta Maria Teresa Zanella, presidente do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. 

Para obter a benesse, são necessários esforço e um pouco de paciência. "A intensidade precisa ser de moderada a alta. Após três meses de prática esportiva constante, as mudanças começam a surgir", informa a fisiologista Angelina Zanesco. Com o colesterol sob rédeas curtas, as memórias de uma vida livre de diabete, câncer e dores nas articulações têm tudo para ficar na sua cabeça.



Fonte: Revista Saúde

28 de jul. de 2012

28 de Julho - Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais



As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes vírus hepatotrópicos que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas. Possuem distribuição universal e observam-se diferenças regionais na ocorrência e magnitude destas em todo mundo, variando, de acordo com o agente etiológico. Têm grande importância para a saúde pública em virtude do número de indivíduos acometidos e das complicações resultantes das formas agudas e crônicas da infecção.  Na Bahia, há predominância dos vírus tipos A, B e C.



 


O que é hepatite A?

Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus A (HAV) e também conhecida como “hepatite infecciosa”, “hepatite epidêmica”, “hepatite de período de incubação curto”.

Como a hepatite A é transmitida?

A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por água e alimentos contaminados. 

Como prevenir a hepatite A?

A hepatite A pode ser prevenida através da utilização da vacina específica contra o vírus A.
Entretanto, a melhor estratégia de prevenção desta hepatite inclui a melhoria das condições de vida, com adequação do saneamento básico e medidas educacionais de higiene.

A hepatite A tem cura?

O prognóstico é excelente e a evolução resulta em recuperação completa. A ocorrência de hepatite fulminante é inferior a 0,1% dos casos ictéricos. Não existem casos de hepatite crônica pelo HAV.

Como é o tratamento da hepatite A?

De forma prática deve ser recomendado que o próprio indivíduo doente defina sua dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar. A única restrição está relacionada à ingesta de álcool. Esta restrição deve ser mantida por um período mínimo de seis meses e preferencialmente de um ano.

O que é Hepatite B?

Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV).
Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de 6 meses, evoluindo para a forma crônica da doença. Os pacientes com a forma crônica podem apresentar-se em uma condição de replicação do vírus (HBeAg reagente), o que confere maior propensão de evolução da doença para formas avançadas, como a cirrose, ou podem permanecer sem replicação do vírus (HBeAg não reagente e anti-HBe reagente), o que confere taxas menores de progressão da doença.

Como a hepatite B é transmitida?

Por meio de: 
•  relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. Há que se considerar que existe um gradiente de risco decrescente desde o sexo anal receptivo, até o sexo oral insertivo sem ejaculação na boca;
•  realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings;
• transfusão de sangue e derivados contaminados;
• uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos;
•  transmissão vertical (mãe / filho);
•  aleitamento materno;
•  acidentes perfurocortantes.

Como prevenir a hepatite B?

- Controle efetivo de bancos de sangue através da triagem sorológica;
- Vacinação contra hepatite B, disponível no SUS para as seguintes situações:

Como é o tratamento? 

Hepatite aguda: acompanhamento ambulatorial, com tratamento sintomático, repouso relativo, dieta conforme a aceitação, normalmente de fácil digestão, pois freqüentemente os pacientes estão com um pouco de anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoólico por ao menos seis meses; e uso de medicações para vômitos e febre, se necessário.
Hepatite crônica: A persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crônica, e devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado. 

O que é Hepatite C?

Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite C (HCV), conhecido anteriormente por hepatite Não A Não B, quando era responsável por 90% dos casos de hepatite transmitida por transfusão de sangue sem agente etiológico reconhecido.


O que é uma hepatite C aguda?

A manifestação de sintomas da hepatite C em sua fase aguda é extremamente rara. Entretanto, quando presente, ela segue um quadro semelhante ao das outras hepatites

O que é uma hepatite C crônica?

Quando a reação inflamatória nos casos agudos persiste sem melhoras por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Uma parcela das formas crônicas pode evoluir para cirrose, com aparecimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. O hepatocarcinoma também faz parte de uma porcentagem do quadro crônico de evolução desfavorável.

Como a hepatite C é transmitida?

Em cerca de 10 a 30 % dos casos dessa infecção não é possível definir qual o mecanismo de transmissão envolvido. Os mecanismos conhecidos para a transmissão dessa infecção são os seguintes:
  • Transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis: o mecanismo mais eficiente para transmissão desse vírus é através do contacto com sangue contaminado. 
  • Relacionamento sexual: esse não é um mecanismo freqüente de transmissão, a não ser em condições especiais. O risco de transmissão sexual do HCV é menor que 3% em casais monogâmicos, sem fatores de risco para DST. Pessoas que tenham muitos parceiros sexuais ou que tenham outras doenças de transmissão sexual (como a infecção pelo HIV) têm um risco maior de adquirir e transmitir essa infecção. O relacionamento sexual anal desprotegido também aumenta o risco de transmissão desse vírus, provavelmente por microtraumatismos e passagem de sangue. O vírus da hepatite C foi encontrado no sangue menstrual de mulheres infectadas e nas secreções vaginais. No sêmen, foi encontrado em concentrações muito baixas e de forma inconstante, não suficiente para manter a cadeia de transmissão e manter a disseminação da doença.
  • Transplante de órgãos e tecidos: o HCV pode ser transmitido de uma pessoa portadora para outra receptora do órgão contaminado.

Como prevenir a hepatite C?



Não existe vacina para a prevenção da hepatite C, mas existem outras formas de prevenção primárias e secundárias.

Entre as medidas de prevenção primária destacam-se:
• triagem em bancos de sangue e centrais de doação de sêmen para garantir a 
distribuição de material biológico não infectado;
• triagem de doadores de órgãos sólidos como coração, fígado, pulmão e rim;
• triagem de doadores de córnea ou pele;
• cumprimento das práticas de controle de infecção em hospitais, laboratórios, 
consultórios dentários, serviços de hemodiálise.

Entre as medidas de prevenção secundária podemos definir:
• tratamento dos indivíduos infectados, quando indicado; 
• abstinência ou diminuição do uso de álcool, não exposição a outras substâncias 
hepatotóxicas.

Como é o tratamento da hepatite C? 

O tratamento da hepatite C constitui-se em um procedimento de maior complexidade 
devendo ser realizado em serviços especializados. Nem todos os pacientes necessitam de 
tratamento e a definição dependerá da realização de exames específicos, como biópsia 
hepática e exames de biologia molecular.




   

Fonte: Manual de Aconselhamento em Hepatites Virais / MS

26 de jul. de 2012

Descubra formas de incluir a banana na sua alimentação


A fruta é deliciosa, dá energia para o corpo e ainda ajuda a afastar o estresse.

Bananas


Começar o dia com ela ou ter por perto para matar a fome na hora do lanche vale a pena: a banana, além de deliciosa, é uma das frutas mais nutritivas e campeã no quesito saciedade. "A banana possui nutrientes que promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino, ajudando a reduzir as toxinas produzidas pelo colón intestinal." 

A fruta ainda melhora a absorção de nutrientes, estimula o sistema imunológico e, graças às doses generosas de potássio, ajuda no controle da pressão arterial e na prevenção do AVC. A recomendação dos pediatras para incluir banana na dieta de uma criança com diarreia chama atenção para outra propriedade desta fruta - o efeito é resultado da pectina, substância que regula o intestino e diminui colesterol. 

A versatilidade de benefícios - ainda bem! - encontra paralelo nas formas de consumo. Veja a seguir uma lista de combinações espertas para manter a banana na sua lista de alimentos preferidos. 



Banana verde - Getty Images

A banana, quando está verde, possui uma substância chamada amido resistente - uma porção de amido e produtos do amido que resistem à digestão no intestino delgado. "O amido resistente diminui a absorção de gorduras e açúcares no intestino. Também dá uma sensação de saciedade maior." Desta forma, esse ingrediente ajuda a emagrecer, pois inibe a vontade de comer. 

A banana verde trava a língua e não agrada a maioria dos paladares, por isso a farinha é uma forma de consumo mais popular. Você pode usar a farinha de banana verde como acompanhamento de frutas, no preparo de bolos ou em sucos. Basta cortar a banana verde em rodelas finas e levar ao forno por volta de 30 minutos. Depois de secas, bata as rodelas no liquidificador. Pronto: a sua farinha caseira de banana verde está pronta para o consumo.  

Banana com canela - Getty Images

Banana com canela 

A banana quente com canela é uma ótima receita para matar a vontade de doces. "A canela é considerada um alimento termogênico (aumenta a temperatura do corpo), acelerando o metabolismo." Quanto mais acelerado for o metabolismo, mais rápida será a queima de calorias, ajudando na perda de peso. Só não vale adicionar açúcar na receita, experimente degustar o sabor natural da fruta. 


Vitamina de banana - Getty Images



Vitamina de banana 

Outro modo saudável de consumir a banana e fazendo uma deliciosa vitamina. Nesta receita, a banana pode ser batida com outros ingredientes que também contribuem para a perda de peso. "Uma maneira saudável de fazer a vitamina é bater leite de arroz, de soja, de aveia ou iogurte com banana, aveia e linhaça. Você combina a proteína do leite, duas fontes diferentes de carboidratos (banana e aveia) e uma gordura boa (linhaça)".
A vitamina de banana é uma ótima fonte de energia para ser consumida antes da prática de exercícios. "O potássio potencializa a ação do músculo cardíaco, evita as cãibras e faz com que você treine com mais disposição."

Banana com aveia - Getty Images



Banana com aveia 

A aveia, rica em fibras, cálcio, ferro, vitaminas, proteínas e carboidratos, é um cereal fundamental para uma dieta saudável. Segundo a nutricionista Daniela, o alimento pode ser consumido sem restrições, inclusive por quem deseja emagrecer, pois tem carboidratos de absorção lenta, que prolongam a sensação de saciedade. A junção de aveia com banana é perfeita para o café da manhã ao controlar a fome evitar um almoço cheio de calorias.
A banana, além de dar a sensação de saciedade, também controla a ansiedade. "Ela é fonte de triptofano, um tipo de aminoácido que o organismo converte em serotonina. Esse hormônio melhora o humor e, de modo geral, aumenta a sensação de bem-estar". Quando a ansiedade diminui, a vontade de comer (doces, principalmente) também diminui e sua dieta deslancha.  

Bolo de banana - getty Images

Bolo de banana 
Que tal fazer uma festa de aniversário com um toque tropical? O bolo de banana, certamente, vai agradar seus convidados e ainda contribuir para a alimentação saudável - claro que a opção também vale para o café da manhã e para o lanche da tarde. A receita light pode substituir o açúcar por adoçante culinário e incluir farinha integral, que dá mais saciedade. Mas não exagere na dose - uma fatia tem, em média, 150 calorias.  



Doce de banana - Getty Images




Doce de banana 
Se a banana verde é a base para fazer a farinha, a banana bem madura - daquelas que se ficar mais um dia na fruteira estraga - é o ingrediente fundamental do doce de banana. Leve ao fogo baixo as bananas cortadas em rodelas e acrescente a canela e um pouquinho de água. Mexa até que as bananas desmanchem, então prove e veja se vai precisar de um pouco de adoçante. É ótima opção de doce com poucas calorias e muito saboroso. Vale como sobremesa após o jantar, já que a banana ajuda o organismo a sintetizar melatonina, hormônio que colabora para o relaxamento do corpo e também para o sono. "Dormindo bem, você regula as doses de cortisol no organismo. Essa substância, conhecida como o hormônio do estresse, estimula o apetite e faz você comer mesmo estando satisfeito. Por isso é ideal que ela esteja presente sem exageros na corrente sanguínea". 



Fonte: Minha Vida

23 de jul. de 2012

As mudanças no corpo da mulher durante a gravidez


O que muda no corpo da mulher a cada trimestre e os principais sintomas da gestação. O corpo da mulher começa a se preparar para o crescimento do embrião logo após a fecundação. As mudanças, no entanto, só são visíveis algumas semanas depois. Saiba como o corpo da mulher vai se comportando ao longo de cada e quais são 
os principais sinais da gestação.

Primeiro Trimestre

Sono e falta de disposição:
É culpa do betaHCG, hormônio específico da gravidez, que faz o ritmo do corpo diminuir. Tendem a desaparecer a partir do segundo trimestre.
Intolerância olfativa:
A grávida fica mais sensível aos cheiros e pode ter intolerância a alguns em particular. Pode perdurar até a 20ª semana.
Alteração no paladar:
A mulher pode manifestar preferências alimentares estranhas ou diferentes daquelas a que está habituada.
Manchas na pele:
São denominadas melasmas. Podem aparecer principalmente no rosto, nas axilas e nas pernas e tendem a desaparecer no final da amamentação. Podem ficar mais evidentes no fim da gravidez. A gestante deve usar protetor solar durante as 40 semanas, para evitar o aparecimento de novas manchas.
Seios inchados e sensíveis:
O aumento nos seios é um dos primeiros sintomas, percebido logo nas primeiras semanas. A progesterona, o hormônio da gestação (betaHCG), e a prolactina estimulam o aumento das glândulas mamárias.
Fome:
Sem dúvida a fome aumenta, mas a mãe não deve “comer por dois”. O ideal é fracionar e se alimentar mais vezes ao dia em menor quantidade.
Cólica:
É a mesma sensação de quando a mulher está para menstruar, uma ligeira dor na região do útero.
Enjoos:
São mais comuns nas primeiras semanas e podem durar até o fim do terceiro trimestre. Estão relacionados aos níveis de betaHCG no sangue. Em gestações de gêmeos, com o nível mais alto desse hormônio, a mulher enjoa mais.
Abdome:
Ligeiro aumento no baixo-ventre, como se a barriga estivesse estufada.


Segundo Trimestre

Linea nigra:
É nessa fase que aparece essa linha escura que passa pelo meio do abdome. Mas nem todas as mulheres a desenvolvem.
Escurecimento das aureolas;
Os mamilos e os genitais tendem a ficar mais escuros nessa época. O responsável é o betaHCG, o hormônio da gravidez. A cor volta ao normal depois do parto.
Alteração na postura:
O volume da barriga muda o centro de gravidade do corpo, fazendo com que a mulher afaste as pernas e jogue o tronco para trás.
Azia e queimação:
Aparecem por volta da 20ª semana e podem piorar no final da gestação. O estômago é comprimido, causando refluxo e a sensação de azia e queimação no estômago.
Intestino preso:
As alterações hormonais mudam o funcionamento do intestino, gerando prisão de ventre. A dica é tomar muita água e aumentar a ingestão de fibras.
Inchaço:
Na metade do segundo trimestre, lá pela 20º semana, a mulher pode apresentar inchaço nas pernas e nas mãos. A progesterona é o hormônio responsável pela retenção de líquidos, juntamente com o aumento do volume abdominal.

Terceiro Trimestre

Inchaço acentuado:
Se deve ao aumento na quantidade de líquido retido no corpo, o que faz com que  o sangue fique mais diluído.
Dificuldade respiratória:
A chamada dispneia é causada pelos hormônios da gravidez, que atuam no diafragma da gestante.
Frouxidão das articulações:
O aumento no líquido corporal também causa efeito nos ligamentos, tornando-os mais “frouxos”. A grávida perde a pisada firme e por isso o uso de salto alto não é recomendado.
Incotinencia urinária:
É uma situação comum no final da gravidez. O bebê pressiona a bexiga e um esforço maior pode levar à perda de urina.
Hemorroidas e varizes:
Para levar sangue suficiente ao bebê, há aumento na formação e na dilatação dos vasos sanguíneos. Com isso, surgem as varizes e as hemorroidas.


            

Fonte: Mudanças na Gravidez revisado por Ana Paula Moreira Campos.