HIDROCEFALIA INFANTIL
Nomes populares:
Líquido na cabeça;
"água" na cabeça; cabeça d'água.
O QUE É?
Hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo
de líquor dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóide. É tipicamente
associado com dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode
ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas
específicas.
Pode ser classificado como hidrocefalia
comunicante ou não comunicante, dependendo da sua etiologia; outro termo
utilizado é a hidrocefalia ex-vácuo, quando relacionado com atrofia cerebral
Hidrocéfalo não comunicante se refere a hidrocefalia
que resulta de lesões que obstruem o sistema ventricular e hidrocéfalo
comunicante se refere a lesões que afetam e obstruem o espaço subaracnóide.
CAUSAS:
Algumas causas de hidrocefalia infantil podem
ser por obstrução liquórica, tais como: gliose, cisto colóide, gliomas,
craniofaringeomas, cistos de aracnóide, meduloblastomas, ependimomas,
astrocitomas, tumores, estenose.
Outras
causas de hidrocefalia comunicante são:
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trauma
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hemorragia subaracnóide
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infecção
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Idiopática
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É importante
considerar em crianças prematuras a hemorragia intraventricular com hidrocéfalo
pós-hemorrágico (ocorre cerca de 4 semanas após).
O QUE SE SENTE?
Feto com aproximadamente 24 semanas. À
esquerda, perfil normal e, à direita, com hidrocefalia. As deformidades ocorrem
porque, durante o desenvolvimento encefálico e perdurando até os 2 anos de
idade, os ossos do crânio são unidos por membranas fibrosas que somente mais
tarde se ossificarão. A pressão exercida pelo cérebro em expansão faz com que o
crânio cresça em um ritmo anormalmente acelerado e deformado (fotografia e arte
digital de Dr. Hermes Prado Jr)
A variação da sintomatologia vai estar
diretamente ligada à faixa etária da criança.
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prematuros/lactentes:
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apnéia, bradicardia, fontanela tensa,
veias do escalpo dilatadas, formato do crânio globóide, aumento do perímetro
cefálico (vários centímetros em poucos dias)
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Infantes:
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irritabilidade, vômitos, náuseas,
macrocefalia, fontanela tensa, dificuldade para fixação e controle da cabeça,
alteração ocular (sinal do "sol poente" - compressão
mesencefálica).
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crianças
mais velhas:
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dor de cabeça, vômitos, letargia,
diplopia, edema de papila, hiperrreflexia, clônus.
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COMO
O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A suspeita de
hidrocefalia deve ser feita nas crianças que têm os sintomas descritos
anteriormente; verificação na anamnese com a mãe sobre dados do pré-natal,
exame neurológico (com medição de perímetro cefálico diário).
Devem ser considerados exames complementares
como: ultra-som (para verificação de tamanho ventricular, massas), tomografia
de crânio e ressonância magnética de crânio, para ajudar no diagnóstico.
COMO
SE TRATA?
Utilizam-se medidas para fazer o escoamento
desse excesso de líquor ventricular com a adoção de válvulas para drenagem
deste líquido para o peritônio (derivação ventrículo peritonial - DVP); ou para
o átrio (derivação ventrículo atrial - DVA).
Existem algumas medicações que fazem baixar a
produção liquórica (acetazolamida), porém nem sempre tão eficientes.
É importante salientar que são crianças que
necessitam de acompanhamento neurológico intenso e verificação do grau de
desenvolvimento que pode ou não sofrer prejuízo.
Fotos
MUITO BOM, E BEM EXPLICATIVO
ResponderExcluirMUITO BOM, E BEM EXPLICATIVO
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