8 de mar. de 2017


Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas e silvestres. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina por meio do Calendário Nacional de Vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (também conhecida como Posto de Saúde), principalmente para as pessoas que moram ou vão viajar em área rural, silvestre ou de mata.

Em 2017, até o momento (07/03), foram notificados 1.076 casos de Febre Amarela, sendo que desses 57 foram descartados e 272 são casos confirmados.

Foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram:
  • Exame laboratorial detectável para Febre Amarela;
  • Exame laboratorial não detectável para dengue;
  • Histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada);
  • Sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso;
  • Exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.
Em relação aos óbitos, há 184 óbitos suspeitos. Desses, 101 foram confirmados.
Definição da Doença - Febre Amarela:
È uma doença infecciosa febril aguda, não contagiosa, causada pelo vírus da febre amarela, um arbovírus protótipo do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, transmitido por artrópodes, e que possui dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e urbano. A letalidade varia de 5 a 10% nos casos oligossintomáticos, podendo chegar a 50% nos casos graves (aqueles que evoluem com icterícia e hemorragias).
 Transmissão – Forma Silvestre e Forma Urbana da Febre Amarela
Há dois ciclos distintos da febre amarela. No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, não são transmissores. Os vetores/transmissores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus  e Sabethes os mais importantes no nosso meio. O homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar em matas, sem estar devidamente imunizado. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Pode ocorrer transmissão vertical.
Período de incubação e transmissibilidade
O período de incubação varia de 3 a 6 dias após a picada do mosquito infectado, embora se considere que possa se estender até 15 dias. A viremia humana dura, no máximo, 7 dias, podendo se estender entre 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após o início da doença, período em que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. A fêmea do mosquito é capaz de transmitir o vírus amarílico pelo período de 6 a 8 semanas.
Os sintomas da febre amarela surgem cerca de 3 a 6 dias após a picada de um mosquito Haemagogus Sabethes infectado com o vírus, sendo esta chamada de fase aguda da doença. 
Depois da fase aguda, os sintomas podem desaparecer por 1 ou 2 dias, porém rapidamente surgem outros sintomas, mais graves, que podem levar à morte, dando origem à fase tóxica da febre amarela.
Assim, os primeiros sintomas, que caracterizam a fase aguda incluem:

  • Febre alta;
  • Mal-estar geral;
  • Dor em todo o corpo e dor muscular, principalmente nas costas e joelhos;
  • Sensibilidade à luz;
  • Náuseas e vômitos;
  • Perda de apetite;
  • Tonturas.
  • Icterícia, caracterizada pela pele e olhos amarelos;
  • Dor abdominal;
  • Vômitos com sangue;
  • Sangramentos pelo nariz, boca e olhos;
  • Doença dos rins e do fígado;
  • Problemas cardíacos;
  • Convulsões.

Já os sintomas da fase tóxica são:
A febre amarela não se transmite entre pessoas, sendo transmitida apenas pela picada do mosquito e, por isso, a única medida de prevenção para a febre amarela é através da vacinação. 
Contraindicações
  • Crianças com menos de 6 meses de idade;
  • Indivíduos com histórico de reação anafilática a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina);
  • Pacientes com histórico de doenças do timo (miastenia grave, timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde
  • Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza:
Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
Pacientes com imunodeficiência primária;
Pacientes com neoplasias.

Obs.: Gestantes deverão ser avaliadas de acordo com o risco de contrair a doença, dependendo da área em que moram ou para a qual irá viajar.



O tratamento para febre amarela
Deve ser orientado por um clínico geral e, normalmente, consiste apenas em aliviar os sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Assim, é recomendado ficar em casa, de repouso, evitando ir a escola ou ao trabalho e investir na ingestão de 2 litros de água ou de água de coco por dia para evitar a desidratação provocada pelos vômitos. 

Casos de Febre Amarela em determinadas localidades – como acontece atualmente em parte da região Leste do Estado – são, geralmente acompanhados de relatos de violências contra macacos. Pelo fato de o ciclo de transmissão da febre amarela silvestre envolver os primatas como hospedeiros da doença, as pessoas acreditam, erroneamente, que sacrificar os animais pode ajudar a evitar a doença em humanos.
O que as pessoas não sabem ou se esquecem é que os macacos, além de também serem vítimas da doença, prestam um importante auxílio no controle da Febre Amarela. Isso porque os primatas fazem o que chamamos de papel de sentinela, ou seja, a detecção dos primeiros primatas mortos é um indicador de que podem estar ocorrendo casos de febre amarela naquela região, o que possibilita o rápido início de ações preventivas e de vacinação antes que a doença se espalhe. Ou seja, no que se refere à febre amarela, os macacos na verdade ajudam a evitar epidemias, casos urbanos e mais mortes de pessoas.
Além disso, os mosquitos responsáveis pela transmissão da febre amarela silvestre, o Haemagogus e o Sabethes, só se contaminam com o vírus da doença quando picam os macacos durante a infecção viral, que dura apenas três ou cinco dias; depois os macacos morrem ou se tornam imunes. Sendo assim, as agressões atingem quase sempre animais sadios que não tiveram contato com o vírus ou que já estão imunizados. Por isso, fique ligado e ajude a compartilhar informações corretas: a forma apropriada de evitar a doença é a vacinação para quem mora ou vai viajar para matas em áreas endêmica.

Enfermeira/Professora: Ana Paula Moreira campos 
Fonte: Saúde MG - Governo de Minas Gerais
Fotos: Google



4 de jan. de 2017

Translactação

A translactação é uma técnica que consiste em colocar o bebê ao peito para mamar o leite da própria mãe retirado previamente através de uma sonda que é coloca próxima do mamilo. Esta técnica é muito utilizada em casos de bebês prematuros, que não possuem força suficiente para sugar o leite materno ou que precisaram ficar em encubadoras no hospital e serve para estimular a produção de leite materno.

A translactação e a relactação são técnicas semelhantes, porém, a diferença é que a translactação usa somente o leite materno e a relactação usa leite artificial.

Como fazer a translactação

​A translactação pode ser feita de forma caseira com a ajuda de mamadeira, copinho ou seringa ou através de um kit de translactação que se compra em algumas farmácias e lojas de produtos para bebês.
Translactação caseira

  • Comprar uma sonda nasogástrica pediátrica número 4 ou 5, de acordo com a indicação do pediatra, em farmácias ou drogarias;
  • Tirar o leite manualmente ou com a ajuda de aparelhos manuais ou elétricos que podem ser comprados;
  • Colocar o leite materno na mamadeira, no copinho ou na seringa;
  • Colocar uma ponta da sonda no recipiente escolhido e a outra ponta da sonda perto do mamilo, presa com fita crepe;
  • Colocar o bebê ao peito para mamar através da sonda.
Translactação com kit

  • Tirar o leite manualmente ou com a ajuda de aparelhos manuais ou elétricos que podem ser comprados;
  • Colocar o leite materno no recipiente e, se necessário, fixar a sonda do kit no seio.
Qualquer que seja o método de translactação escolhido, a mãe deve ter alguns cuidados como colocar o recipiente com o leite mais alto do que a mama para o leite fluir melhor, ferver o material 15 minutos antes todas as vezes que o for usar, lavar o material com água e sabão após cada uso e trocar a sonda após 2 a 3 semanas de uso.
Além disso, a mãe pode retirar o leite e conservá-lo para dar ao bebê mais tarde, porém, deve estar atenta ao local e o tempo de conservação do leite. 
Os bebês não costumam apresentar resistência ao uso desta técnica e após algumas semanas é possível fazê-lo mamar no peito, sendo, por isso, muito importante não dar a mamadeira ao bebê durante este processo.
Fonte: Tua Saúde