19 de abr. de 2018

Doença de Mão, Pé e Boca

Síndrome Mão, Pé e Boca
Também Chamada de: HFMD



A síndrome mão-pé-boca é transmitida pelo enterovírus 71, também chamado de vírus cosxackie, da família das enteroviroses. A síndrome leva esse nome, pois a sua característica é a presença de feridas avermelhadas na planta dos pés, mãos e interior da garganta.


Causas

O enterovírus 71 espalha-se facilmente por meio de tosse, espirros e saliva, mas também pode ser transmitido pelo contato com fezes infectadas.

Fatores de risco

A síndrome mão-pé-boca afeta principalmente crianças, mas também pode atingir adultos que entram em contato com a mucosa ou fraldas de uma criança infectada. Sua incidência pode aumentar até 20% no outono e no inverno, por conta da imunidade ficar mais baixa no período.

Sintomas de Síndrome mão-pé-boca

Os primeiros sintomas da síndrome mão-pé-boca são febre de 38 a 39 graus e dores de garganta. Após dois dias, aparecem lesões (feridas avermelhadas) na região dos pés, mãos e interior da garganta, que podem ou não se espalhar para as coxas e nádegas. Em alguns casos a criança não apresenta sintomas aparentes.
Se o quadro for mais grave, as lesões podem se transformar em pústulas ou bolhas, que estouram depois de seis dias. Por conta das lesões no fundo da garganta, o paciente também sente dificuldade de engolir líquidos ou alimentos.

Diagnóstico de Síndrome mão-pé-boca

Na maioria dos casos, apenas uma análise das feridas já é suficiente para que a síndrome mão-pé-boca seja identificada. Se houver dúvidas, o médico poderá pedir um exame de sangue sorológico. O enterovírus 71 também pode ser identificado por um exame de fezes.

Tratamento de Síndrome mão-pé-boca

A síndrome mão-pé-boca é tratada com medicamentos anti-inflamatórios ou, se o quadro for grave, medicamentos antivirais. É importante oferecer ao paciente muito líquido, de preferência em temperatura baixa, e evitar a ingestão de alimentos muito quentes, ácidos ou condimentados – que podem acentuar as dores na garganta.
Em geral, a síndrome mão-pé-boca desaparece sozinha dentro de cinco e sete dias. Após a melhora dos sintomas, o paciente adquire imunidade ao enterovírus 71, não sendo contaminado novamente.

Complicações possíveis

Por conta da dificuldade de engolir, a criança pode ficar muito tempo ingerindo poucas quantidades de líquidos, podendo sofrer uma desidratação. Nesse caso, há a necessidade de internação para que o paciente receba soro fisiológico.

Fonte: saude.com



Escala de Morse

Escala de Morse


Escala de Queda Morse (Morse Fall Scale), foi publicada por Morse em 1989 e é composta por seis critérios para a avaliação do risco de quedas: History of Falling, Secondary Diagnosis, Ambulatory Aid, Intravenosys Theraphy/Heparin lock, Gait end Mental Status. Cada critério avaliado recebe uma pontuação que varia de zero a 30 pontos, totalizando um escore de risco, cuja classificação é a seguinte: 
  • risco baixo: de 0 – 24; 
  • risco médio: de 25 – 44 
  • risco alto: ≥45

Esta classificação foi testada por outros pesquisadores, que recomendaram outros estudos de avaliação da MFS, em função de que fatores não contemplados por esta escala possam estar intervindo na determinação do risco para quedas. Sugeriram também que se considere a realidade local para determinar o melhor ponto de corte relacionado ao risco de queda.
Esta escala, ainda não foi validada para língua portuguesa, apesar de algumas unidades hospitalares já praticarem esta escala devido a sua simplicidade e eficácia.
Morse Fall Scale
1. Histórico de quedas
NÃO - 0 pontos
SIM - 25 pontos
  • NÃO: Se o paciente não tem história de quedas nos últimos três meses.
  • SIM: Se o paciente caiu durante o período da internação hospitalar ou se tem histórico recente (até três meses) de quedas por causas fisiológicas, tais como convulsões ou marcha comprometida antes da admissão hospitalar.
2. Diagnóstico Secundário
NÃO - 0 pontos
SIM - 15 pontos
  • NÃO: Se no prontuário do paciente apresentar apenas um diagnóstico médico.
  • SIM: Se no prontuário do paciente apresentar mais de um diagnóstico médico.
3. Auxílio na Deambulação
Nenhum/Acamado/Auxiliado por Profissional da Saúde - 0 pontos
Muletas/Bengala/Andador - 15 pontos
Mobiliário/Parede - 30 pontos
  • Nenhum/Acamado/Auxiliado por Profissional da Saúde: Se o paciente deambulasem equipamento auxiliar (muleta, bengala ou andador) // Se deambula com a ajuda de um membro da equipe de saúde // Se usa cadeira de rodas ou seestá acamado e não sai da cama sozinho.
  • Muletas/Bengala/Andador: Se o paciente utiliza muletas, bengala ou andador.
  • Mobiliário/Parede: Se o paciente se movimenta apoiando-se no mobiliário/paredes.
4. Terapia Endovenosa/dispositivo endovenoso salinizado ou heparinizado
NÃO - 0 pontos
SIM - 20 pontos
  • NÃO: Se o paciente não usa dispositivo endovenoso. Nota: quando o paciente usa dispositivo totalmente implantado, considera-se pontuação zero, quando não estiver em uso.
  • SIM: Se o paciente usa dispositivo endovenoso com infusão contínua ou não (salinizado ou heparinizado).
5. Marcha
Normal/Sem deambulação, Acamado, Cadeira de Rodas - 0 pontos
Fraca - 10 pontos
Comprometida/Cambaleante - 20 pontos
  • Normal/Sem deambulação, Acamado, Cadeira de Rodas: Uma marcha normal é caracterizada pelo andar de cabeça ereta, braços balançando livremente ao lado do corpo e passos largos, sem hesitação. Também recebe a mesma pontuação se o paciente está acamado e/ou usa cadeira de rodas (sem deambulação).
  • Fraca: Os passos são curtos e podem ser vacilantes. Quando a marcha é fraca, embora o paciente incline-se para frente enquanto caminha, é capaz de levantar a cabeça sem perder o equilíbrio. Além disso, caso ele faça uso de algum mobiliário como apoio, este apoio se dá de maneira leve somente para se sentir seguro, não para se manter ereto.
  • Comprometida/Cambaleante: O paciente dá passos curtos e vacilantes e pode ter dificuldade de levantar da cadeira, necessidade de se apoiar nos braços da cadeira para levantar e/ou impulsionar o corpo (faz várias tentativas para se levantar impulsionando o corpo). Com esse tipo de marcha, a cabeça do paciente fica abaixada e ele olha para o chão. Devido à falta de equilíbrio, o paciente agarra-se ao mobiliário, a uma pessoa ou utiliza algum equipamento de auxilio à marcha (muletas, bengalas, andadores) para se segurar e não consegue caminhar sem essa ajuda. Quando ajuda estes pacientes a caminhar, o membro da equipe de saúde nota que o paciente realmente se apoia nele e que, quando o paciente se apóia em um corrimão ou mobília, ele o faz com força até que as articulações de seus dedos das mãos fiquem brancas.
6. Estado Mental
Orientado/capaz quanto a sua capacidade/limitação - 0 pontos
Superestima capacidade/Esquece limitações - 15 pontos
  • Orientado/capaz quanto a sua capacidade/limitação: Ao perguntar ao paciente “Você é capaz de ir ao banheiro sozinho ou precisa de ajuda?” verifique se a resposta é consistente com as informações constantes no prontuário e/ou com sua avaliação. Em caso positivo, o paciente é classificado como capaz.
  • Superestima capacidade/Esquece limitações: Ao perguntar ao paciente “Você é capaz de ir ao banheiro sozinho ou precisa de ajuda?” verifique se a respostanão é consistente com as informações do prontuário e/ou com sua avaliação ou se a avaliação do paciente é irreal. Se isto acontecer, este paciente está superestimando suas habilidades e esquecendo suas limitações.


Fonte: Urbanetto JS, Creutzberg M, Franz F, Ojeda BS, Gustavo AS, Bittencourt HR, Steinmetz QL, Farina VA. Morse Fall Scale: tradução e adaptação transcultural para a língua portuguesa. Rev Esc Enferm USP. 2013; 47(3):569-75.