21 de set. de 2012

Alzheimer


O que é Alzheimer?


No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do Mal de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo o mundo, 15 milhões de pessoas têm Alzheimer, doença incurável acompanhada de graves transtornos às vítimas. Nos Estados Unidos, é a quarta causa de morte de idosos entre 75 e 80 anos. Perde apenas para infarto, derrame e câncer.
O Mal de Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. De início, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Pode até lembrar com precisão acontecimentos de anos atrás, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição. Com a evolução do quadro, a doença causa grande impacto no cotidiano da pessoa e afeta a capacidade de aprendizado, atenção, orientação, compreensão e linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.

Causas

A causa do Alzheimer é desconhecida, mas seus efeitos deixam marcas fortes no paciente. Normalmente, atinge a população de idade mais avançada, embora se registrem casos em gente jovem. Os cientistas já conseguiram identificar um componente genético do problema, só que estão longe de uma solução.

Sintomas de Alzheimer

Um aspecto fundamental da doença é a manutenção do chamado estado de alerta. A doença não reduz o estado de consciência. O paciente responde tanto aos estímulos internos quanto aos externos. Pode responder mal ou errado, mas está de "olho aberto", acompanhando as pessoas e tudo o que acontece em sua volta. Muitas vezes, os sintomas mais comuns, como a perda damemória e distúrbios de comportamento, são associados ao envelhecimento.
Mesmo com uma aparência saudável, os portadores do Mal de Alzheimer precisam de assistência ao longo das 24 horas do dia. O quadro da doença evolui rapidamente, em média, por um período de cinco a dez anos. Os pacientes, em geral, morrem nessa fase.

Diagnóstico de Alzheimer

Diagnosticar alguém com o Mal de Alzheimer não é tarefa fácil. A família do idoso imagina que se trata apenas de um problema consequente da idade avançada e não procura a ajuda de um especialista. Ao notar sintomas da doença, o próprio portador tende a escondê-los por vergonha. A família precisa estar atenta e, se identificar algo incomum, deve encaminhar o idoso à unidade de saúde mais próxima, mesmo que ela não tenha um geriatra ou um neurologista. É preciso diferenciar o esquecimento normal de manifestações mais graves e frequentes, que são sintomas da doença. Não é porque a pessoa está mais velha que não vai mais se lembrar do que é importante.
O acompanhamento médico é essencial para que se identifique corretamente a existência ou não do Alzheimer. Outras doenças, como a hipertensão - que dificulta a oxigenação do cérebro -, também podem originar falta de memória e sintomas de demências. Existem também demências que podem ser tratadas, como a provocada pelo hipotireoidismo.
Em 2002, o Ministério da Saúde publicou a portaria que instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o Programa de Assistência aos Portadores da Doença de Alzheimer. Esse programa funciona por meio dos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, que são responsáveis pelo diagnóstico, tratamento, acompanhamento dos pacientes e orientação aos familiares e atendentes dos portadores de Alzheimer. No momento, há 26 Centros de Referência já cadastrados no Brasil.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, vem investindo na capacitação de profissionais do SUS para atendimento aos idosos. O envelhecimento da nossa população é um fenômeno recente, pois, até os anos 50, a expectativa de vida da população era de aproximadamente 40 anos, observa. Atualmente a esperança de vida da população é de 71 anos de idade, lembra a coordenadora.
Estimativas do Ministério da Saúde indicam que 73% das pessoas com mais de 60 anos dependem exclusivamente do SUS. O atendimento aos pacientes que sofrem do Mal de Alzheimer acontece não só nos Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso, mas também nas unidades ambulatoriais de saúde.

17 de set. de 2012

AVC – Você Sabe O Que É Isto?


De acordo com dados da Academia Brasileira de Neurologia, o AVC é a principal causa de internações e morte no Brasil.

O que é


            “A” de “acidente”, “V” de “vascular” e “C” de “cerebral”. É “acidente” porque acontece de repente, sem que ninguém espere; “vascular” refere-se a vasos sanguíneos e “cerebral” porque ocorre no cérebro. Todas as áreas do nosso cérebro precisam de uma contínua irrigação de sangue (que leva oxigênio e nutrientes para as células cerebrais) para funcionar corretamente.


Um AVC ocorre quando uma área do cérebro deixa de funcionar por falha no fluxo sanguíneo. Essa falha pode acontecer por dois motivos:
  1. 1.    No AVC isquêmico: um vaso sanguíneo se entope por causa de placas de gordura e, em consequência, o sangue não consegue chegar a uma determinada região do cérebro. A falta de nutrientes nessa região acarreta a morte de células. Cerca de 80% dos casos de AVC correspondem a este tipo. “Isquemia” é uma insuficiência de irrigação sanguinea devida a uma obstrução arterial ou vasoconstrição (estreitamento de um vaso).
  1. 2.    No AVC hemorrágico: um vaso sanguíneo se rompe, ocasionando um vazamento de sangue. Este foi o tipo que afetou o técnico Ricardo Gomes e que corresponde apenas a 1/5 das ocorrências. A hemorragia pode acontecer na periferia cerebral ou em regiões mais profundas. A maioria ocorre em regiões mais internas. Quando ocorre na periferia cerebral, 80% dos casos são devidos a aneurismas - dilatações vasculares que podem ocorrer em qualquer artéria. Seu perigo está no fato da artéria poder romper-se com a dilatação ou trombosar (ficar entupida por causa da formação de um coágulo), provocando isquemia dos tecidos irrigados pela artéria atingida).


Sintomas
  • Dor de cabeça intensa, que ocorre repentinamente, às vezes acompanhada de vômitos e tontura.
  • Perda da visão ou dificuldade para enxergar, também repentina e sem explicação, juntamente com dificuldade para falar e se expressar corretamente.
  • Enfraquecimento ou mesmo paralisia facial, dos braços e pernas. Geralmente um só lado do corpo é afetado.  

Risco maior
Existem alguns fatores que provocam o AVC ou aumentam o risco da sua ocorrência. Entre eles estão:


  • Temperamento emotivo ou explosivo, emoções fortes.
  •  Cigarro
  •  Diabetes
  •  Hipertensão arterial
  •  Uso contínuo de bebidas alcoólicas
  •  Uso de drogas
  •  Estresse
  •  Colesterol alto
  •  Fatores genéticos
  •  Sedentarismo
  •  Doenças do sangue, coração e vasos sanguíneos


  • Diagnóstico:

    Assim que apresentar esses sintomas o paciente deve ser encaminhado a um serviço de emergência o mais breve possível, pois neste caso, o tempo de atendimento é um fator que além de salvar uma vida, diminui em muito a ocorrência de seqüelas grave e irreversíveis. O diagnóstico é feito pelo médico, através de uma avaliação clínica e realização de exames de imagem, Tomografia de Crânio ou Ressonância Magnética.

    O principal é prestar socorro ao paciente o mais rápido possível, pois cada minuto vale a sua vida. No caso de AVCs do tipo isquêmico, existem medicamentos que conseguem desobstruir o vaso entupido. No entanto, nos casos de AVCs hemorrágicos, é imprescindível o atendimento médico nas primeiras horas depois do aparecimento dos sintomas, para que se evite o risco de sequelas ou mesmo de morte do paciente.

    Tratamento:

    Geralmente o paciente permanece internado, de preferência numa Unidade de Terapia Intensiva onde receberá os devidos cuidados durante a fase mais aguda e crítica do AVC. 

    O tratamento medicamentoso consiste em drogas trombolíticas, que ajudam a desfazer os trombos e liberar o fluxo sanguíneo e melhorar a circulação e oxigenação naquela área afetada, também medicamentos para controle da Pressão sanguínea e cerebral, que nestes casos aumentam consideravelmente, e se torna o maior risco para mortes nesses pacientes. 

    Além disso o paciente necessitará ser monitorado, precisará de suporte de oxigênio, nutricional e controle de exames laboratoriais. Passado esse tempo, virá a fase da recuperação, que passará por várias etapas, dependendo da realidade de cada caso, geralmente precisará de um bom trabalho de fisioterapia, fonodialogia, nutrição e de enfermagem. 
    Em se tratando de um paciente idoso, a recuperação é mais lenta, exigirá de seus cuidadores muita paciência, dedicação e carinho, sendo que essa pessoa possivelmente virá a ficar por um tempo ou até permanentemente em cima de um cama, ou precisará fazer uso de cadeiras de rodas e terá tantas outras necessidades, de acordo com cada caso, que precisará de um acompanhamento especializado ou bem treinado para que as necessidades de cuidado sejam bem supridas e o bem-estar deste paciente esteja assegurado.

    Cuidados gerais quando o paciente vai pra casa:

    Promover um ambiente confortável, com o mínimo de barulho (e bagunça) possível e boa circulação de ar, se for precisar ficar acamado, dê preferência a uma cama hospitalar, providencie colchão piramidal que ajuda a reduzir os riscos para desenvolvimento de úlceras de pressão, realize mudança de decúbito de 2 em 2 horas, tenha cuidado com a alimentação principalmente se o paciente vir pra casa com sonda.

    Não esquecer de oferecer líquidos pela sonda, muitos aplicam a dieta e esquecem de oferecer água após isso, ou entre os intervalos, e o paciente corre o risco de ficar desidratado ou da sonda obstruir tendo assim que trocá-la, e geralmente esta troca precisa ser feita num ambiente hospitalar ou ambulatório que possua RX, já que o tipo de sonda recomendável nesses casos é a sonda enteral (que vai até a porção inicial do intestino delgado), que após ser passada demora até 24 horas para “chegar” no local adequado para só então poder ser colocada a dieta, só através da realização de um RX para se constatar o local exato de sua localização. 

    Importante cuidar para que a sonda não venha a obstruir e assim ter que trocá-la muito frequentemente, a sonda, se bem cuidada, pode permanecer no paciente de 3 a 4 meses, ou até mais.
    Importante também que esta dieta seja oferecida lentamente, se ela for colocada a correr, o paciente pode apresentar forte episódio de diarréia. Se o paciente vir pra casa com sonda vesical de demora atentar-se para que a urina seja desprezada antes de encher completamente o coletor, e atente-se para sinais de infecção urinária (febre, ardência ou dor, corrimento, mau cheiro). 
    Importante atentar-se para a questão da autonomia do paciente, deixar que ele ajude no que puder no seu auto-cuidado, seja ajudar a vestir-se, ou a enxuga-se na hora do banho, qualquer ajuda que ele possa fazer, dentro de seus limites, deve ser estimulada. 

    Se o paciente, mesmo acamado, conseguir ficar sentado, pelo menos por algum tempo, estimular este hábito, quanto mais tempo puder passar fora da cama, mais rápido poderá vir a se recuperar. O acompanhamento de um profissional da fisioterapia é muito importante a ajudar a recuperar os movimentos perdidos além de ajudar na recuperação da força muscular, evitando assim os atrofiamentos. 

    Fontes:  Parte do Texto:
    Referência: SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Bare. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10 ed. Vol. 2.  Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

     

    3 de set. de 2012

    FEBRE MACULOSA OU FEBRE DO CARRAPATO


    FEBRE MACULOSA OU FEBRE DO CARRAPATO
    Definição
    A febre maculosa é uma infecção aguda causada por uma bactéria, a Rickettsia rickettsii. O homem é infectado através da picada do carrapato que eventualmente carrega esta bactéria nas suas glândulas salivares.
    Incidência
    Esta é uma doença rara, porém o número de pessoas diagnosticadas vem aumentando desde 1996 quando se tornou obrigatória a sua notificação para os centros de vigilância epidemiológica. Estima-se que a maioria dos casos não é diagnosticada e que os dados disponíveis são provavelmente inferiores à verdadeira incidência.
    É mais comum na zona rural, principalmente dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
    Infecção
    CarrapatoRickettsia é uma bactéria que sobrevive basicamente dentro das células dos carrapatos. No Brasil, o carrapato mais comum e também o que mais comumente é vetor desta infecção é do tipo Amblyomma cajennense. Estes carrapatos são também conhecidos como "carrapato-estrela", "carrapato de cavalo" ou "rodoleiro". Eles infestam animais domésticos como as galinhas, cavalos, bois, cachorros e porcos e também animais selvagens como os gambás, as capivaras, cachorros-do-mato, coelhos, tatus e cobras.
    O carrapato infectado pica o hospedeiro e através de sua regurgitação inocula a bactéria na corrente sanguínea do animal ou, mais raramente, em feridas abertas. No homem, isso não é comum porque para que haja a infecção o carrapato tem que ficar aderido de 4 a 6 horas.
    Todas as pessoas são susceptíveis à infecção as quais, depois de infectadas, adquirem imunidade, provavelmente para o resto da vida.
    Esta infecção não passa de uma pessoa doente para outra por contato físico nem contato com saliva, urina ou fezes. Sempre é necessária a picada do carrapato. Porém, a ausência de um relato de que houve a picada por um carrapato não exclui o diagnóstico já que este relato depende da observação e da memória do indivíduo. Além disso, mais de um caso pode aparecer na mesma família ou em pessoas que moram na mesma região porque foram expostos aos mesmos animais portadores de carrapatos infectados.
    Os casos são mais comuns nos meses de primavera e verão.
    Sintomas
    A pessoa infectada pode desenvolver sintomas de 2 a 14 dias após a picada, em média, uma semana. Estes sintomas podem praticamente não existir ou serem muito fracos, o que dificulta o diagnóstico.
    Nas pessoas que desenvolvem o quadro mais característico, a febre pode ser moderada a alta, chegando até 39 a 40 graus. Esta febre pode durar de 2 a 3 semanas e geralmente a pessoa tem que restringir as suas atividades, necessitando repouso no leito. É comum ter dor de cabeça intensa, dor no corpo, calafrios e edema dos olhos e conjuntivas.
    Nos primeiros dias de febre pode aparecer a mácula, de onde vem o nome da doença. São lesões de pele, róseas, nos punhos e tornozelos, que progridem para o tronco e face e após, mãos e pés. Em 2 a 3 dias, estas lesões adquirem um certo volume e podem ser sentidas ao toque quando ficam de uma coloração mais forte. Após 4 dias podem ficar arroxeadas. Nas áreas de maior atrito, podem se unir e formar uma placa que se parece com um hematoma. Pode haver descamação nas áreas mais intensas. O local onde houve a picada pode formar uma úlcera necrótica semelhante à lesão de picada de aranha.
    A doença pode evoluir para cura espontânea em 3 semanas. Porém nas formas mais graves, as lesões de pele são mais hemorrágicas podendo até ocorrer áreas de necrose nos dedos, nas orelhas, no palato mole e nos genitais. Podem ser acompanhados de sangramento de gengivas, do nariz, vômitos e tosse seca intensa. Os casos que necessitam de internação hospitalar são aqueles em que há um comprometimento sistêmico com pressão baixa, sangramento digestivo, desidratação e insuficiência ventilatória.
    O diagnóstico diferencial se faz com outras doenças infecciosas que também se apresentam com lesões de pele e febre alta como febre tifóide, sarampo, rubéola, meningite meningocócica, leptospirose e malária.
    É importante ressaltar que muitas pessoas podem ter esta infecção sem ou quase nenhuma lesão de pele ficando o diagnóstico muito difícil.
    A mortalidade pode chegar até 20% dos casos diagnosticados.
    Diagnóstico
    O diagnóstico de certeza se faz através de exames laboratorial do sangue do doente, através de sorologia e cultura.
    Tratamento
    A maioria das pessoas tem um curso benigno que necessita só de medicações sintomáticas como analgésicos, antitérmicos, hidratação oral e repouso. Estima-se que estas pessoas não chegam a procurar atendimento médico e a infecção tem uma resolução espontânea em algumas semanas. Os casos mais graves, quando diagnosticados, devem receber antibióticos específicos e medidas de suporte, muitas vezes necessitando até de tratamento intensivo.
    Prevenção
    - Evitar contato com animais domésticos e silvestres em regiões reconhecidamente de alta incidência da doença.
    - Se for necessário entrar em contato com animais vistoriar o corpo de 3 em 3 horas já que o carrapato necessita ficar aderido por mais de 4 horas para transmitir a infecção.
    - Se necessitar andar em locais de vegetação alta, usar calças compridas e botas.
    - Não esmagar o carrapato, já que a bactéria pode entrar em algum ferimento do homem.
    - Usar carrapaticida em animais domésticos com a freqüência recomendada.


    Fonte: ABC da Saúde

    2 de set. de 2012

    Sete vacinas que os adultos precisam tomar

    Sarampo, pneumonia e outras doenças prejudicam a imunidade mesmo na idade adulta.

    Ninguém reluta em levar o filho para tomar uma vacina contra sarampo ou paralisia infantil, mas na hora de cuidar da própria saúde, muitos adultos negligenciam as campanhas de vacinação. Em todas as fases de nossa vida, porém, estamos suscetíveis a infecções por vírus e bactérias que, se não tratadas, podem causar muitos problemas.
    As doenças crônicas que se manifestam mais na vida adulta são fortes indicadores de que o individuo precisa se vacinar. "As pessoas que estão em grupos de risco, como as pessoas com mais de 60 anos ou aquelas que têm doenças crônicas, devem sempre estar informadas sobre a vacinação", diz o infectologista Paulo Olzon, da Unifesp. 
    Existem vacinas tanto para bactérias como para vírus. "No primeiro caso, a vacinação é feita para controlar surtos epidemiológicos e, para o caso dos vírus, a imunização normalmente dura a vida toda, sendo necessárias apenas algumas doses de reforço para garantir que a doença não vai mais voltar", diz Paulo Olzon. Confira sete tipos que merecem estar na sua carteira de vacinação.

    Vacina contra tétano - Foto: Getty Images 

    Vacina dupla tipo adulto - para difteria e tétano

    A difteria é causada por uma bactéria, que é contraída pelo contato com secreções de pessoas infectadas. Ela afeta o sistema respiratório, causa febres e dores de cabeça, em casos graves, pode evoluir para uma inflamação no coração. 

    A toxina da bactéria causadora do tétano compromete os músculos e leva a espasmos involuntários. A musculatura respiratória é uma das mais comprometidas pelo tétano. Se a doença não for tratada precocemente, pode haver uma parada respiratória devido ao comprometimento do diafragma, músculo responsável por boa parte da respiração, levando a morte. Ferir o pé com prego enferrujado que está no chão é uma das formas mais conhecidas do contágio do tétano. 

    A primeira parte da vacinação contra difteria e tétano é feita em três doses, com intervalo de dois meses. Geralmente, essas três doses são tomadas na infância. Então confira a sua carteira de vacinação para certificar-se se a vacinação está em ordem. Depois delas, o reforço deve ser feito a cada dez anos para que a imunização continue eficaz. É nesse momento que os adultos cometem um erro, deixando a vacina de lado.  



    Homem com sarampo - Foto: Getty Images

    Vacina Tríplice-viral - para sarampo, caxumba e rubéola

    Causado por um vírus, o sarampo é caracterizado por manchas vermelhas no corpo. A transmissão ocorre por via respiratória. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a mortalidade entre crianças saudáveis é mínima, ficando abaixo de 0,2% dos casos. Nos adultos, essa doença é pouco observada, mas como a forma de contágio é simples, os adultos devem ser imunizados para proteger as crianças com quem convivem. 

    Conhecida por deixar o pescoço inchado, a caxumba também tem transmissão por via respiratória. Mesmo que seja mais comum em crianças, a caxumba apresenta casos mais graves em adultos, podendo causar meningite, encefalite, surdez, inflamação nos testículos ou dos ovários, e mais raramente no pâncreas. 

    Já a rubéola é caracterizada pelo aumento dos gânglios do pescoço e por manchas avermelhadas na pele, é mais perigosa para gestantes. O vírus pode levar à síndrome da rubéola congênita, que prejudica a formação do bebê nos três primeiros meses de gravidez. A síndrome causa surdez, má-formação cardíaca, catarata e atraso no desenvolvimento. 

    O adulto deve tomar a tríplice-viral se ainda não tiver recebido as duas doses recomendadas para a imunização completa quando era criança e se tiver nascido depois de 1960. O Ministério da Saúde considera que as pessoas que nasceram antes dessa data já tiveram essas doenças e estão imunizados, ou já foram vacinados anteriormente. 

    Mesmo que todos com essas características devam ser vacinados, as mulheres que pretendem ter filhos, que não foram imunizadas ou nunca tiveram rubéola devem tomar a vacina um mês antes de engravidar, já que a rubéola é bastante perigosa quando acomete gestantes, podendo causar deformidade no feto.  

    Imagem de fígado no corpo humano - Foto: Getty Images

    Vacina contra a hepatite B

    A Hepatite B é transmitida pelo sangue, e em geral não apresenta sintomas. Alguns pacientes se curam naturalmente sem mesmo perceber que tem a doença. Em outros, a doença pode se tornar crônica, levando a lesões do fígado que podem evoluir para a cirrose. "A imunização contra essa doença é importante, pois ela pode causar problemas sérios, como câncer no fígado", diz Paulo Olzon. 

    De acordo com o especialista, há algumas décadas, o tipo B da hepatite era o mais encontrado, já que ela pode ser transmitida através da relação sexual e as pessoas não tomavam cuidado com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Depois de uma campanha de vacinação e imunização, e da classificação da hepatite C pelos médicos, ela não pode ser vista como epidemia, mas ainda é preciso tomar cuidado com essa doença. 

    Até os 24 anos, todas as pessoas podem tomar a vacina contra hepatite B, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A aplicação da vacina também continua de graça, quando o adulto faz parte de um grupo de risco. "Pessoas que tenham contato com sangue, como profissionais de saúde, podólogos, manicures, tatuadores e bombeiros, ou que tenham relacionamentos íntimos com portador da doença são as mais expostas a essa doença", diz o especialista. Fora isso, qualquer adulto pode encontrar a vacina em clínicas particulares. 
    Homem tossindo com pneumonia - Foto: Getty Images

    Pneumo 23 - Pneumonia

    O pneumococo, bactéria que pode causar a pneumonia, entre outras doenças, pode atacar pessoas de todas as idades, principalmente indivíduos com mais de 60 anos. "Pessoas com essa idade não podem deixar de tomar a vacina pneumo 23", diz Paulo Olzon. 

    pneumonia é o nome dado a inflamação nos pulmões causada por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas). Entre os principais sintomas dessa inflamação dos pulmões, estão febre alta, suor intenso, calafrios, falta de ar, dor no peito e tosse com catarro. Adultos com doenças crônicas em órgãos como pulmão e coração -alvos mais fáceis para o pneumococo, devem tomar essa vacina sempre que há uma campanha de vacinação.

    Mesmo que ela seja uma das vacinas mais importantes para ser tomadas é a única vacina do calendário que não é oferecida em postos de saúde. É preciso ir a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais.

    Mosquito da febre amarela é o mesmo da dengue - Foto: Getty Images

    Vacina contra a febre amarela

    A febre amarela é transmitida pelo mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A doença tem como principais sintomas febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (pele e olhos amarelados) e hemorragias. "Se a febre amarela não for tratada, pode levar a morte", explica o especialista. 

    Por ser uma doença grave, e com alto índice de mortalidade, todas as pessoas que moram em locais de risco devem tomar a vacina a cada dez anos, durante toda a vida. Quem for para uma dessas regiões precisa ser vacinado pelo menos dez dias antes da viagem. No Brasil, as áreas de risco são: zonas rurais no Norte e no Centro-Oeste do país e alguns municípios dos Estados do Maranhão, do Piauí, da Bahia, de Minas Gerais, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. 

    Mesmo que os efeitos colaterais mais sérios sejam muito raros, a vacina contra febre amarela deve ficar restrita aqueles indivíduos que moram ou irão viajar para algum lugar de risco. "Nesse sentido, a preocupação dos médicos está relacionada ao risco de reação alérgica grave ou anafilática, que pode levar a morte os pacientes propensos", explica o infectologista Paulo Olzon. 
    Pessoa com febre, um dos sintomas da gripe - Foto: Getty Images

    Vacina contra o influenza (gripe)

    A vacina contra gripe deve estar na rotina de quem está com mais de 60 anos. "Muitas pessoas deixam de tomá-la com medo da reação que ela pode causar, mas isso é um mito, já que a suposta reação do corpo não tem nada a ver com a vacina, e sim com a própria gripe", diz o especialista. "Isso porque o vírus da gripe fica semanas em nosso corpo sem se manifestar e a proteção da vacina não é imediata como as pessoas imaginam." 

    A gripe é transmitida por via respiratória, leva a dores musculares e a febres altas. Seu ciclo costuma ser de uma semana. Pessoas com mais de 60 anos podem tomar a vacina nos postos de saúde, enquanto os mais jovens podem ser vacinados em clínicas particulares. "Os idosos que não querem esperar até a campanha anual de vacinação contra a gripe podem tomar a vacina em clínicas particulares em todas as épocas do ano", diz Paulo Olzon. 

    Vacina contra HPV não dispensa o uso de camisinha - Foto: Getty Images

    HPV

    A vacina existe tanto para homens quanto para mulheres e previne os quatros principais tipos do Papilomavírus Humano - o HPV. Segundo o Ministério da Saúde, 137 mil novos casos de HPV são registrados por ano no Brasil. O vírus, transmitido durante a relação sexual, é responsável por 90% dos casos de câncer de colo do útero, além de provocar tumores de vulva, pênis, boca, ânus e pele. 

    Apesar de existir a vacina bivalente, que protege dos tipos 16 e 18 de HPV e só é aplicada em mulheres, a quadrivalente é a mais indicada, pois protege desses dois tipos citados mais os tipos 6 e 11 e também serve para os homens. "A quadrivalente deve ser tomada em três doses, sendo a segunda dose após 30 dias da primeira e a terceira, seis meses depois da segunda", afirma o ginecologista Amadeu Carvalho Júnior, da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica. 

    A Anvisa recomenda a vacinação em pessoas dos nove aos 26 anos - em especial para aquelas que ainda não iniciaram sua vida sexual, para garantir maior eficácia na proteção. Vale lembrar, no entanto, que a vacina não dispensa o uso de preservativos na relação. "O HPV possui mais de 100 tipos diferentes e a vacina protege apenas de alguns deles", explica o ginecologista Amadeu.  

    Fonte: Minha Vida


    Curiosidade!


    Lee Gardner foi levado ao hospital vomitando sangue e com fortes dores no estômago. Depois de ser submetido a exames, os médicos descobriram que o homem tinha um garfo de plástico, praticamente inteiro, no estômago.
    Segundo o site “Mail Online”, os médicos ficaram ainda mais intrigados quando Lee admitiu que ele esqueceu que havia engolido o garfo, há uma década. Na ocasião, os médicos afirmaram que o objeto seria digerido naturalmente pelo organismo.
    - Eu não consegui acreditar. Eu nunca tive problemas de estômago, exceto há uns dois anos, quando eu senti algo se alojando quando eu me inclinei - contou Lee. - Eu realmente não pensei que pudesse ser o garfo.





    Ainda de acordo com o “Mail Online”, Lee engoliu o garfo há dez anos por acidente. Os médicos do Hospital de Barnsley, na Inglaterra, usaram uma câmera para encontrar o objeto. Eles descobriram que os dentes do garfo estavam pressionando o estômago e tinham provocado uma úlcera.
    - Nós sabemos que moedas e baterias são engolidas com certa frequência, mas nunca vi um garfo. Eu disse, brincando, que deveríamos entrar em contato com o Guinness Book - ironizou o cirurgião Hanis Shiwani, responsável pelo caso.
    Lee passou por uma cirurgia de 45 minutos para retirar o objeto do estômago, e está se recuperando bem do procedimento.

    O garfo estava no estômago de Lee




    Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/bizarro/homem-retira-garfo-de-plastico-do-estomago-dez-anos-depois-de-ter-engolido-5815974.html#ixzz25Jcraao5