3 de ago. de 2012

Nutrição Enteral


Ostomia é uma abertura criada cirurgicamente de algum órgão (trato urinário ou digestivo) para o exterior, geralmente este termo é sufixo e o seu prefixo é do órgão que está com esta abertura. Por Exemplo: Traqueostomia (Abertura na Traqueia). Utiliza-se a ostomia como recurso quando órgão parcial ou totalmente não está funcionando ou não está sendo suficiente para o equilíbrio e perfeito desempenho de sua função.
Geralmente os clientes que necessitam dela são com câncer, doenças inflamatórias do intestino e desordem neurológica.
Se você tiver uma ostomia, peça para o seu enfermeiro ensinar-lhe como tomar conta dela. Ainda que pareça difícil no começo, sua habilidade para administrar uma ostomia melhorará com o tempo. Apenas não esqueça: aprender qualquer coisa nova exige tempo, prática e paciência.


Tipos de Sondagens Enterais



Sondagem Nasogástrica (SNG)

È a introdução de uma sonda, através do nariz até o estômago.
A.    Finalidades
·         Preparo do paciente para exames, tratamentos e cirurgias;
·         Lavagem Gástrica;
·         Drenagem de suco gástrico;
·         Administração de alimentos (gavagem) e medicamentos aos pacientes impossibilitados;

B.     Material
. Bandeja que contenha:
Sonda nasogástrica;
1 seringa de 20ml;
Lubrificante hidrossolúvel;
Gazes;
Esparadrapos;
Luvas de procedimentos;
Impermeável forrado;
Cuba-rim;

C.     Materiais para os testes
·         Estestóscopio;
·         Copo com água;

D.    Métodos

·         Higienizar as mãos;
·         Calçar luvas de procedimento;
·         Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
·         Explicar o procedimento e a sua finalidade;
·         Colocar o paciente em decúbito elevado (sentado ou posição de Fowler);
·          Colocar impermeável forrado sobre o tórax;
·         Calçar luvas;
·         Medir a distancia da sonda, do lóbulo da orelha á base do nariz e até o processo xifoide, marcar essa distancia com esparadrapo;
·         Lubrificar mais ou menos 18cm da ponta da sonda;
·         Pedir ao paciente que mantenha o pescoço em ligeira flexão, inspire profundamente durante a introdução da sonda na narina e degluta durante a passagem da sonda pelo esôfago;
·         Introduzir a sonda lentamente até a altura delimitada com esparadrapo;
·         Verificar a localização da sonda, realizando os testes explicados a seguir;
·         Fechar a sonda;
·         Retirar luvas;
·         Higienizar as mãos;
·         Anotar no prontuário;

E.     Testes para verificar se a sonda está no estômago
·        Adaptar a seringa á sonda e aspirar: se estiver no estomago, sairá suco gástrico;
·        Colocar a extremidade da sonda em um copo com água. Se a água borbulhar, a sonda deverá ser retirada, pois estará na traqueia (é preciso cautela para realizar esse procedimento);
·      Colocar um estetoscópio sobre o abdome do paciente e injetar rapidamente 20ml de ar. Se ouvir um ruído borbulhante, a sonda estará no estomago. Estando a sonda posicionada corretamente, fechá-la e fazer relatório no prontuário.

F.      Observações
·         Em caso de alguma obstrução á introdução da sonda, retirá-la e tentar a outra narina;
·     Durante o procedimento, se o paciente apresentar sinais como dispneia, tosse, cianose e agitação, retirar a sonda imediatamente;
·         Evitar que a fixação da sonda prejudique a visão do paciente;
·         Fechar a sonda e retirá-la.


Sondagem Nasoenteral (SNE)

È a introdução de uma sonda através da nasofaringe até duodeno.
A sonda é identificada pela localização distal de sua extremidade, a qual geralmente apresenta um peso, o qual é deslocado pelos movimentos peristálticos para que a sonda chegue até duodeno.

A.    Finalidades
·         Tem como função apenas a alimentação do paciente, sendo de escolha no caso de pacientes que receberam alimentação via sonda por tempo indeterminado e prolongado.

B.     Material
·         Bandeja que contenha:
Sonda nasoentérica;
1 seringa de 20ml;
Lubrificante hidrossolúvel;
Gazes;
Esparadrapos;
Luvas de procedimentos;
Impermeável forrado;
Cuba-rim;

C.     Materiais para os testes
·         Estestóscopio;
·         Copo com água;
·         RX;

D.    Métodos
·         Higienizar as mãos;
·         Calçar luvas de procedimento;
·         Reunir o material e levá-lo próximo ao paciente;
·         Explicar o procedimento e a sua finalidade;
·         Colocar o paciente em decúbito elevado (sentado ou posição de Fowler);
·          Colocar impermeável forrado sobre o tórax;
·         Calçar luvas;
·         Medir a distancia da sonda, do lóbulo da orelha á base do nariz e até o processo xifoide acrescentar mais 10cm marcar essa distancia com esparadrapo;
·         Lubrificar mais ou menos 18cm da ponta da sonda;
·         Pedir ao paciente que mantenha o pescoço em ligeira flexão, inspire profundamente durante a   introdução da sonda na narina e degluta durante a passagem da sonda pelo esôfago;
·         Introduzir a sonda lentamente até a altura delimitada com esparadrapo;
·         Verificar a localização da sonda, realizando os testes explicados a seguir;
·         Fechar a sonda;
·         Retirar luvas;
·         Higienizar as mãos;
·         Anotar no prontuário;

E.     Testes para verificar se a sonda está no intestino delgado
·         Colocar a extremidade da sonda em um copo com água. Se a água borbulhar, a sonda deverá ser retirada, pois estará na traqueia (é preciso cautela para realizar esse procedimento);
·         Colocar um estetoscópio sobre o abdome do paciente e injetar rapidamente 20ml de ar. Se ouvir um ruído borbulhante, a sonda estará no estomago. Estando a sonda posicionada corretamente, fechá-la e fazer relatório no prontuário.
·         È obrigatório à realização de radiografia para confirmar a posição da sonda, antes da alimentação;
·         A passagem transpilórica da ponta com pesos é espontânea e muitas vezes ocorre dentro de 24 horas ou 48 horas.

F.      Observações
·         Em caso de alguma obstrução á introdução da sonda, retirá-la e tentar a outra narina;
·         Durante o procedimento, se o paciente apresentar sinais como dispneia, tosse, cianose e agitação, retirar a sonda imediatamente;
·         Evitar que a fixação da sonda prejudique a visão do paciente;
·         Fechar a sonda e retirá-la.

 Gastrostomia
Gastrostomia é uma abertura feita cirurgicamente no estômago para o meio externo, com finalidade de facilitar a alimentação enteral para o cliente e administração de líquidos, quando a mesma está impossibilitada por via oral. Indicado quando esta via alternativa necessita ser mantida por mais de um mês.
Segundo Tamussino (2008) são descritas duas maneiras para realizar-se a nutrição do paciente: uma delas é o de alimento diluído onde o cliente receberá rapidamente uma grande quantidade de alimento, com a duração de aproximadamente de trinta minutos. A outra será através de gravidade contínua, onde o cliente receberá quantidades menores que serão administradas por meio de um fluxo constante, em média de oito a vinte e quatro horas.
No entanto, fique atento a possíveis complicações:
  Peritonite (inflamação do peritônio);
  Hemorragia;
  Aspiração;
  Infecção da Ostomia;
  Fístula Gastrocólica.
Cuidados com Sonda da Gastrostomia, que servem também para Jejunostomia:
A sonda é presa à parede do abdômen, mas é útil fixá-la com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo para evitar trações e deslocamentos acidentais. Seguir as orientações do enfermeiro quanto ao curativo. Em caso de deslocamento, vazamento ao redor da sonda, dor no momento da administração da dieta, interromper a infusão e procurar o seu médico ou equipe que o acompanha.
Os cuidados para evitar a obstrução são os mesmos que para a sonda nasoenteral:  Por ser muito fina, a sonda pode entupir-se facilmente, impossibilitando a administração da dieta enteral. Para evitar este problema:

·          Injetar, com uma seringa, 40 ml de água filtrada na sonda, antes e após a administração da dieta ou de medicamento;
·         Observar os cuidados com a administração de medicamentos: Se o médico prescreveu medicamentos a serem administrados pela sonda, proceder da seguinte maneira:
ü  Medicamentos líquidos: aspirar ao volume prescrito com a seringa e injetar pela sonda;
ü  Comprimidos e drágeas: amassar e dissolver em água, misturando bem; aspirar com a seringa e injetar pela sonda.
Administrar os medicamentos um a um. Injetar água após cada medicação, para evitar que se misturem na sonda, podendo entupir a mesma.
·         Em caso de obstrução, injetar lentamente 20 ml de água filtrada. Atenção: a sonda pode se romper caso a pressão para injetar a água for muito forte.

Jejunostomia
A jejunostomia é uma operação que consiste em criar uma abertura no jejuno para alimentar o paciente com retração do estômago. Através da jejunostomia, se pratica uma abertura artificial, através da parede abdominal, no jejuno.
Indicações:
Via de acesso à nutrição enteral, nas situações de impedimento da utilização das porções altas do tubo digestivo, como nos processos estenosantes do esôfago e do estômago, interrupção alimentar temporária do esôfago após operações extensas sobre os mesmos, após a correção cirúrgica de traumatismos que envolvem o confluente biliopancreático-duodenal, recuperação de fístulas de portadores de deiscências em anastomoses gastrintestinais. Tumores gástricos inextirpáveis, carcinoma de esôfago, proteção de suturas gastrintestinais, pancreatite aguda necro-hemorrágica. 
A opção pela gastrostomia ou pela jejunostomia para a nutrição enteral depende da doença e do planejamento operatório.

Complicações:
Decorrem mais frequentemente da retirada inadvertida da sonda. Manobras intempestivas para a sua reintrodução podem levar à perfuração da alça intestinal. Estas complicações podem ser evitadas fixando-se adequadamente a sonda à pele. A suboclusão e oclusão resultam do uso incorreto da sonda ou do seu excessivo sepultamento.
Outras complicações:
Deiscência; fístula; estenose e hemorragia;
Diarreia;
Dumping (síndrome do esvaziamento gástrico rápido);
Dor abdominal.
O suporte nutricional adequado pela jejunostomia demanda uma estrutura para o manuseio das dietas, uma vez que esta via de alimentação apresenta particularidades em função da exclusão dos mecanismos da digestão existentes na via orogástrica e duodenal. Deve-se observar sempre a região periostomal, como presença de sinais flogisticos entre outras anormalidades.




 

 Enfermeira/Professora: Ana Paula Moreira Campos




2 comentários:

  1. foi ótmo,me ajudou muito.parabens.


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  2. Identifiquei algumas inadequações e inconsistências nos procedimentos de enfermagem, que se mal interpretadas podem colocar a segurança do usuário em risco. Recomendo que busquem fontes de dados mais confiáveis, como exemplos:
    http://www.coren-df.org.br/portal/images/pdf/Manual%20de%20Procedimentos%20em%20Enfermagem.pdf
    http://periodicos.saude.gov.br/
    http://evidenciassp.bvs.br/php/index.php
    AnaLuísa

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