20 de set. de 2011

Hidrocefalia Infantil


HIDROCEFALIA INFANTIL
Nomes populares:
Líquido na cabeça; "água" na cabeça; cabeça d'água.

O QUE É?
Hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo de líquor dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóide. É tipicamente associado com dilatação ventricular e aumento da pressão intracraniana; pode ocorrer em crianças (diversas faixas etárias) ou adultos, tendo causas específicas.
Pode ser classificado como hidrocefalia comunicante ou não comunicante, dependendo da sua etiologia; outro termo utilizado é a hidrocefalia ex-vácuo, quando relacionado com atrofia cerebral
Hidrocéfalo não comunicante se refere a hidrocefalia que resulta de lesões que obstruem o sistema ventricular e hidrocéfalo comunicante se refere a lesões que afetam e obstruem o espaço subaracnóide.


CAUSAS:
Algumas causas de hidrocefalia infantil podem ser por obstrução liquórica, tais como: gliose, cisto colóide, gliomas, craniofaringeomas, cistos de aracnóide, meduloblastomas, ependimomas, astrocitomas, tumores, estenose.
Outras causas de hidrocefalia comunicante são: 
 
trauma
hemorragia subaracnóide
infecção
Idiopática
É importante considerar em crianças prematuras a hemorragia intraventricular com hidrocéfalo pós-hemorrágico (ocorre cerca de 4 semanas após).

 O QUE SE SENTE?

Feto com aproximadamente 24 semanas. À esquerda, perfil normal e, à direita, com hidrocefalia. As deformidades ocorrem porque, durante o desenvolvimento encefálico e perdurando até os 2 anos de idade, os ossos do crânio são unidos por membranas fibrosas que somente mais tarde se ossificarão. A pressão exercida pelo cérebro em expansão faz com que o crânio cresça em um ritmo anormalmente acelerado e deformado (fotografia e arte digital de Dr. Hermes Prado Jr)

A variação da sintomatologia vai estar diretamente ligada à faixa etária da criança. 


prematuros/lactentes:
apnéia, bradicardia, fontanela tensa, veias do escalpo dilatadas, formato do crânio globóide, aumento do perímetro cefálico (vários centímetros em poucos dias)
Infantes:
irritabilidade, vômitos, náuseas, macrocefalia, fontanela tensa, dificuldade para fixação e controle da cabeça, alteração ocular (sinal do "sol poente" - compressão mesencefálica).
crianças mais velhas:
dor de cabeça, vômitos, letargia, diplopia, edema de papila, hiperrreflexia, clônus.


COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
A suspeita de hidrocefalia deve ser feita nas crianças que têm os sintomas descritos anteriormente; verificação na anamnese com a mãe sobre dados do pré-natal, exame neurológico (com medição de perímetro cefálico diário).
Devem ser considerados exames complementares como: ultra-som (para verificação de tamanho ventricular, massas), tomografia de crânio e ressonância magnética de crânio, para ajudar no diagnóstico.

 COMO SE TRATA?
Utilizam-se medidas para fazer o escoamento desse excesso de líquor ventricular com a adoção de válvulas para drenagem deste líquido para o peritônio (derivação ventrículo peritonial - DVP); ou para o átrio (derivação ventrículo atrial - DVA).
Existem algumas medicações que fazem baixar a produção liquórica (acetazolamida), porém nem sempre tão eficientes.
É importante salientar que são crianças que necessitam de acompanhamento neurológico intenso e verificação do grau de desenvolvimento que pode ou não sofrer prejuízo.


Fotos


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