1 de nov. de 2011



POSICIONAMENTO CIRÚRGICO




“O posicionamento cirúrgico é uma arte, uma ciência e também um fator chave no desempenho do procedimento seguro e eficiente, por meio da aplicação de conhecimentos relacionados à anatomia, fisiologia e patologia.”
OBJETIVOS:
ü      Oferecer exposição e acesso ótimo do local operatório
ü      Manter o alinhamento corporal e as funções circulatórias e respiratórias
ü      Proporcionar acesso para a administração de soluções endovenosas, drogas, agentes anestésicos
ü      Não comprometer as estruturas vasculares e a integridade  da pele
ü      Trazer o máximo de conforto para o paciente.

É IMPORTANTE ATENTAR PARA:
ü      Temperatura da sala  - se fria oferecer cobertor aquecido
ü      Não deve haver contato direto do paciente com partes metálicas da mesa
ü      Quando da utilização de posicionadores, manter atenção com olhos, orelhas e nariz
ü      Uso de coxins
ü      Alopecia focal pode ocorrer em região occipital na qual o anestesista pode virar a cabeça  do paciente a cada 30 minutos
ü      Mesas de operação – são especialmente desenhadas para atender as exigências peculiares e altamente especializadas da terapia cirúrgica
ü      Equipamentos acessórios como estribo, suporte de perna, suporte de braços e suporte de pé são desenhados para estabilizar o paciente na posição desejada e para oferecer flexibilidade no posicionamento
ü       Mudança de posição com atenção

O posicionamento está relacionado:
·         Mesas cirúrgicas
·         Treinamento da equipe de enfermagem
·         Parceria com a equipe médica
·       RESPONSABILIDADE DE TODOS

RECURSOS DE PROTEÇÃO
·        Colchonetes
·       Braçadeiras
·       Travesseiros
·       Perneiras
·        Fixadores de braços e pernas
·        Colchão piramidal (caixa de ovo)
·        Protetores de calcâneo
·        Protetores crânio - faciais


Posições cirúrgicas

a) Posição supina ou decúbito dorsal
Indicada para indução anestésica geral e acesso as cavidades maiores do corpo. O paciente fica deitado sobre o dorso, braços em posição anatômica e pernas levemente afastadas. As palmas das mãos voltadas para o corpo. A posição da cabeça deve manter as vértebras cervicais, torácicas e lombares numa linha reta. Os quadris paralelos. As pernas ficam paralelas e descruzadas para prevenir traumas os nervos peroneal, tibial, atrito e comprometimento circulatório.
 

b) Posição prona ou decúbito ventral
Indicada para cirurgias da região dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital.
Obs.:
·        necessidade de expansão pulmonar – liberação das mamas no sexo feminino – uso de coxins e travesseiros
·        cabeça lateralizada e braços no suporte

 



c) Posição decúbito lateral ou de Sims
Indicada para toracotomias e cirurgias renais.
Nessa posição o paciente fica deitado sobre um dos lados, para obter seu equilíbrio pela flexão da perna inferiormente colocada a extensão da superior, fixando-o transversalmente pelo quadril a mesa operatória
O paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo acesso a parte superior do tórax, na região dos rins, na seção superior do ureter. O posicionamento das extremidades e do tronco facilita a exposição desejada
Essa posição também permite visualizar a região dos rins, a ponte da mesa de operação é levantada  (Pilet) e a mesa é flexionada , de modo que a áreas entre a 12o costela e a crista ilíaca seja elevada.




d) Posição de Trendelemburg
Ocorre oferece melhor visualização dos órgãos pélvicos durante a abertura ou cirurgia laparoscópica no abdome inferior ou pelve. Nessa posição o paciente ficará em posição dorsal com elevação da pelve e membros inferiores, por inclinação da mesa cirúrgica, a cabeça fica mais baixa que os pés.Pode ser utilizada também para melhorar a circulação no córtex cerebral e gânglio basal quando a PA cai repentinamente e aumenta o fluxo sanguínea arterial para o crânio

 



e) Posição de Trendelemburg reverso ou proclive

Usada freqüentemente para oferecer acesso a cabeça e pescoço para facilitar que a força de gravidade desloque a víscera para adiante do diafragma e na direção dos  pés. Indicada para manter as alças intestinais na parte inferior do abdome e reduzir a pressão sanguínea. Nessa posição o paciente estará em decúbito dorsal com elevação da cabeça e tórax e abaixamento do MMII. Quando a modificação desta posição é usada para cirurgia da tireóide, o pescoço pode ser hiperestendido pela elevação dos ombros do paciente.




f) Posição de Litotomia ou ginecológica
Indicada para exames urinários, endoscópicos , cirurgias ginecológicas por via baixa e anuretais. Essa posição é derivada do decúbito dorsal, na qual se elevam os MMII, que ficam elevados em suportes especiais, denominados perneiras e fixados com correias


g) Posição de Fowler Modificada
Indicada: neurocirurgias, mamoplastias e abdominoplastias. Essa é a posição sentada propriamente dita, isto é, em ângulo de 90º. Flexiona-se a parte dos MMII para prevenção de quedas. Ocorre o aumento do peso da paciente no dorso do corpo. O repouso do dorso é elevado, os joelhos são flexionados, e o suporte de pé é mantido no lugar.

 





e) Posição Canivete (Kraske)
É a posição derivada da ventral, na qual os MMII, tórax e MMSS são abaixados de forma que o corpo fique fletido sobre a mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais elevado. Utilizada para cirurgias da região proctológicas e coluna lombar.

 



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